Fenda

Há, entre os pontos, vírgulas reticentes...

veja, tudo fora um riacho, chega, chega.

Canso-me de apreço. Venha, deixa eu ver pelo avesso.

Travado embate;

confusa desilusão...

quanto mais peço,

pioro meu pequeno apreço.

Talvez, somente talvez, eu ainda desejo seu desejo

30,60,90... já não me recordo

tempo, tempo, tempo voante

No fim, restaram-me lembranças de tê-la em meus braços!

talvez, somente talvez, eu ainda desejo seu desejo.

Toma-te fim.

Lótus

Lótus é vida

Na luz, abre-se

Na escuridão, esconde-se. 

Sente falta da vida

Sua água, sua energia

Impregnada de Mistérios florais

floreia tua estádia, 

sem pÓ

sem pO

Canta, canta, canta, atrevida!

Vá, dê-nos a despedida, cante-nos uma breve dicotomia

Ora vive a mostrar, ora vive a desabrochar. 

Relógio ambulante

Vale o que vier?

Tanto são os sobressaltos, 

Tantas são as dores,

São? 

São águas passageiras,

São vidas corriqueiras

afinal, tudo é uma eterna repetição.

Vive-se tempo

Vive-se aprendizagem

toda vida é um ensaio para aquilo que um dia virá.

Talvez, virá

Talvez, sonhar-se-á

Dialogar

Eu 

Tu

Nós? 

Simples

Fogueira vazia

Espere

Dê uma aumentada

Jazz, morre, corre

Inverte?

Verte.

Tá.

Fui.

Pontuar.

Ente

Viver todo o passado, talvez, presente.
Escolher tempo passado, presente.
Dúvida? Não, presente...
Incessante presente
Lateja, pavor, um presente?
Espera! Concerte
Arte, pois, nasce, frente.

Livtempo

Livtempo

Estive em páginas de livros

Lá, foram palavras dispensadas,

relatos narrados. Vida. Toc, toc.

Relógio sem fim, tempo corre.

O livro fechará, ainda não sai...

Ainda não li. 

Enrolar

Ver voar tear concertar suplicar respirar cantar beber pontuar.